segunda-feira, 28 de março de 2011

Nós: nus nos nossos nós

Mesmo sua viajem sendo longa, sei que minha espera é ainda maior.
A meia luz, a moça bela e negra, ainda nua, enquanto o corpo secava o suor... acendia um cigarro e me olhava.
Foi primeiro a faisca, depois a chama e o trago. Assim como nós: nus nos nossos nós.
Pouca brasa lumiava um sorriso aprazivel, os seios feelicos... para mim nada mais existia no mundo a não ser esta cena de Almodovar com as cores de Botticelli... apenas eu e eu estava lá.
O vento entrava timido pela janela entre aberta, que bruxuleava nossos vapores... e a fumaça de seu cigarro... a quem  menos queimava... e tocava uma trilha de dois corações ritmicamente freneticos e apaixonados.